ORQUESTRA SINFÓNICA DE KINSHASA

A única orquetra sinfónica da República Democrática do Congo em Kinshasa. Num dos países com maiores carências de todo o tipo, graças à boa vontade e à inventividade de uns quantos, eis como é possível tocar e cantar da forma com o fazem estes homens e mulheres absolutamente comuns, com profissões banais que exercem no dia a dia, utilizando até alguns instrumentos feitos por eles. Quando se juntam, é mesmo um milagre! Como em todas as noites da semana, as nota de uma sinfonia de Haendel ou Beethoven elevam-se de um armazém da «Cité», os imensos bairros populares que circundam Kinshasa. Conhecida em todo o continente pela sua energia,a criatividade e a música que fazem dançar durante noites inteiras, Kinshasa viu nascer uma espantosa formação musical, a única horquestra sinfónica negra de toda a África. A ideia nasceu do sonho de um dos líderes da igreja Kimbanguiste, Armand Diangienda, em formar uma grande orquestra africana. À 15 anos, com quatro músicos autodidatas amigos, começa pacientemente a ensinar solfejo e a prática instrumental a um grupo de fiéis da sua igreja. Ano após ano, o grupo cresceu e conta hoje com 200 elementos. Num país onde possuir um instrumento musical é considerado um luxo, os músicos da orquestra estão longe de serem pessoas previlegiadas. Cabeleireiro, pintor, comerciante, desempregados... alguns aprenderam solfejo sem mesmo saberem ler ou escrever. A falta de transportes é uma constante, pelo que teem por vezes que andar durante horas para estar nos ensaios. Mas seria preciso muito mais para desencorajar estes músicos apaixonados que conseguem um nível musical espantoso. Ao ponto de sonharem com uma grande tournée na Europa... (in Africa in Visu)
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