Regresso a Angola
Regresso a Angola: Viajando numa Angola que parece esquecida
Correio da Manha (Rui Faria / Isabel Ramos)
Correio da Manha (Rui Faria / Isabel Ramos)
Durante oito dias, ao longo de cerca de quatro mil quilómetros, em todo-o-terreno seguimos picadas esquecidas num país que tenta sarar as feridas de 30 anos de guerra civil. Quase que se pode dizer que em Portugal todos conhecem Angola. Muitos viveram lá, e muitos mais passaram pelo país, trazendo memórias traduzidas em conversas que deixaram marcas no imaginário colectivo. Deste modo, surgiu a imagem das belezas naturais, dos grandes espaços e de uma terra que "tem cheiro" e uma luminosidade diferente. Não tenham dúvidas. É tudo verdade. A savana tem um verde intenso. As distâncias medem-se pelo relógio e não pelos quilómetros, tanto mais que a maior parte das estradas foram destruídas pela guerra, e as picadas esquecidas por trinta anos de conflitos. A chuva que empapa a terra levanta um perfume quente que apetece respirar, e a ausência de poluição permite que o céu seja mais azul. É certo que hoje ainda é uma verdadeira aventura viajar em Angola, mas foi esse o desafio que assumimos quando aceitámos participar no Raide Kuanza Sul, nascido de uma ideia do governo da província e da Câmara Municipal de Almada, uma cidade geminada com Porto Amboim. Foram oito duras etapas, numa caravana de 22 Nissan todo-o-terreno que deslocou cerca de 60 pessoas. No final, podemos dizer que valeu a pena. É certo que Luanda é uma cidade com gente a mais e gente com problemas económicos e sociais que criam dificuldades, mas fora da capital tudo é diferente. As pessoas são hospitaleiras e não há problemas de segurança, para além da presença constante de campos minados, mas estes estão devidamente assinalados quando estão próximos das estradas ou das picadas.
DE LUANDA A MALANGE POR ASFALTO - O trânsito em Luanda é verdadeiramente caótico. Para dar uma ideia, basta dizer que chegam a ser necessárias três horas para ir de Viana, onde mora muita gente e estão várias empresas, até ao centro. Para evitar a confusão, a caravana partiu às cinco da manhã, cruzando uma cidade ainda a dormir, pelo que nem sequer encontrámos os "candongueiros" com as suas Hiace que servem de táxi e onde a lotação depende de quantos conseguirem entrar. Seguindo para Norte ao longo da baía, vimos o grande número de barcos que esperam (às vezes meses) para descarregar. Passámos ao lado dessa megafavela conhecida por Roque Santeiro, onde quem lá entra pode comprar o que quer que seja, embora talvez não regresse inteiro para poder contar... Seguimos por uma estrada de asfalto aceitável na direcção de Cacuaco e daí para Maria Teresa. O Dondo parece perdido no tempo, com os seus belos edifícios do século XIX muito degradados. Depois de escalar o morro da Binda, chegámos a N'Dalatando, a antiga Vila Salazar, que deve ter sido muito cuidada. Os jardins ainda existem, mas os edifícios há muito que não são tratados. A caravana rodava devagar, mas o sol desceu rápido no horizonte. Às seis e meia já é de noite, pelo que não foi possível chegar a tempo às quedas de água do rio Lucala, em Kalandula. Seguimos para Malange, onde apenas o peso dos anos e os efeitos da guerra que não poupou uma cidade que é uma porta para o centro de Angola, alteraram o aspecto do centro da cidade.
A GRANDE INVASÃO CHINESA - Ao longo da estrada que liga Luanda a Malange são evidentes os sinais da invasão chinesa. Os acordos para a recuperação de estradas e o caminho de ferro levaram para Angola um número incrível de trabalhadores chineses, um pouco a exemplo do que acontece em todo o continente africano. Os estaleiros sucedem-se, e até muitas da tabuletas que vimos na estrada estavam escritas com caracteres chineses, para já não falar nas lojas.
PARTIMOS DE LUANDA, por Maria Teresa - Foram cerca de 80 km onde conseguimos fugir ao trânsito - O dondo está parado no tempo. O morro da Binda foi um desafio à condução para a caravana - Em N'Dalatando perdemos tempo. A noite caiu às seis e meia e o programa foi alterado - Malange exigia mais tempo. Chegámos de noite, e foi necessário partir de madrugada.
MALANGE ATÉ AO CALULO NO MEIO DE MARES E LAMA - O dia amanheceu chuvoso, o que retirou brilho à magnífica visão das imponentes quedas de água de Kalandula, que já tiveram o nome de Duques de Bragança. O acesso à margem norte do rio Lucala é impossível por causa das minas, mas a sul a paisagem é fantástica. Mais à frente, no Cacuso, a caravana deixou finalmente o asfalto mas a mudança de piso escusava de ser tão radical. A picada era uma papa de lama e os grandes buracos criados ao longo dos anos, pareciam mais lagos. Ao longo do caminho na direcção das Pedras Altas de Pungo Andongo surgiram inúmeras sanzalas cujo aspecto não deve ter mudado muito ao longo dos últimos 50 anos. No meio do labirinto de imponentes rochas areníticas de grande beleza, surge Pungo Andongo onde o pono N'Gola resistiu às tropas portuguesas no século XVII, sob a égide da rainha Njinga. A guerra também passou por ali há menos tempo: as rajadas de metralhadora nas paredes da casa do "soba", parecem um estranho graffiti e o buraco no telhado mostra que caiu lá um obus. Para trás ficou a barragem de Kapanda construída durante a guerra civil e que se espera que ajude a fornecer a energia eléctrica de que Angola carece. Era já noite quando deixámos o rio Kwanza a caminho do Calulo. A picada está em mau estado e a lama criou-nos grandes dificuldades, mas pior do que nós estavam meia dúzia de grandes camiões que encontrámos atascados. "Está tudo bem", disse-nos um condutor, "temos de ficar aqui um dia ou dois à espera de ajuda", acrescentou.
A CADEIRA DA RAINHA NJINGA - Em 1626, na presença do governador João Correia de Sousa, a rainha ordenou a uma serva para colocar os pés e as mãos no chão e sentou-se no seu dorso. Terminada a audiência, disse: "Já não preciso dela, nunca me sento duas vezes na mesma cadeira".
REGRESSAR A KALANDULA - Era obrigatório. Ninguém quis perder o espectáculo da cascata - Pungo Andongo estava a meros 150 km. Parecia fácil, mas a picada era um mar grande de lama - A barragem de Kapanda surgia no nosso caminho. Foi construída durante a guerra civil - A ponte do rio Kwanza parecia uma ponte longe demais. Era noite e o Calulo estava longe.
KUÍTO FOI UMA CIDADE MARTIRIZADA - O Calulo é uma localidade alegre. Os edifícios estão a ser recuperados e os jardins cuidados são um sinal de mudança. Mas a picada que segue para o Kuíto foi esquecida ao longo de 30 anos de guerra. Ainda não tínhamos andado muito quando um a um, quase todos os Nissan da caravana foram ficando atascados. Perdemos demasiado tempo. Em muitos locais, o capim invadiu a picada, noutros os troncos que servem de ponte tiveram de ser recolocados e mesmo em pista aberta era necessário fazer trial. Parámos numa sanzala perdida, assustando algumas crianças que começaram a chorar. A explicação foi surpreendente: nunca tinham visto brancos. Dois furos dilataram o atraso na chegada a Mussende, onde era fundamental reabastecer. Já era muito tarde mas estavam à nossa espera. Os últimos quilómetros foram percorridos numa estrada esburacada pela guerra. Os carros de combate destruídos, são sinais da violência do conflito e os avisos da presença de minas ao lado da estrada, uma memória que perdura.
SINAIS DE UMA GUERRA - No Kuíto, nenhuma casa escapou à metralha, mesmo os postes dos candeeiros que não funcionam foram esburacados pelas balas.
DE CALULO AO MUSSENDE - De Calulo ao Mussende tudo parecia fácil, mas logo de início os atascanços mostraram o contrário - A picada ficou esquecida em 30 anos de guerra civil, tendo sido invadida pelo capim - Descobrimos um mundo diferente onde havia crianças que nunca tinham visto um branco - O dia mais longo da caravana. Para percorrer 500 km foram necessárias 15 longas e duras horas
O CAMINHO DA GUERRA E A PAZ EM WAKO - No dia anterior tínhamos levado 15 horas para percorrer 500 km, antes da partida para Wako Kundo que já se chamou Santa Comba. Apesar do cansaço houve tempo para ver a cidade mártir. Quem conheceu a cidade de Silva Porto, não pode imaginar a destruição do Kuíto. Sinais da metralha, telhados caídos, edifícios que só têm a fachada de pé, são sinais da guerra civil. A estrada ladeada por campos de minas, e a sucessão de carros de combate destruídos, acompanharam-nos no caminho para o Huambo. Na antiga Nova Lisboa, é possível imaginar uma cidade cheia de 'glamour' com os seus edifícios altos e os seus bairros de moradias que surpreendem pela traça modernista da arquitectura dos anos 60 onde o general Norton de Matos sonhou instalar a capital do Império. É certo que vimos um edifício que estava em construção em 1975 e continua no mesmo estado, mas nota-se o cuidado em apagar os sinais da guerra que também passou por ali. O final da etapa foi em Waco Kundo. Uma cidade que se chamou Santa Comba, em homenagem a Salazar, recebendo nos anos 50 muitos colonos (a maioria dos quais de origem açoriana), tornando-se num importante centro agro-pecuário, chegando a produzir cerca de 100 mil litros de leite por dia. O governo angolano está a tentar retomar esta tradição. Criou a 'Aldeia Nova' inspirada nos 'kibutz' israelitas, instalando ali muitos desmobilizados dos exércitos que fizeram a guerra civil. A produção já começou, mas num país onde a rede viária está totalmente destruída, torna-se difícil escoar a produção da farinha, carne e produtos lácteos. Contudo, é salutar ver o esforço de integração de antigos soldados que passaram a vida no meio do mato.
A IGREJA FORA DO CONTEXTO - A igreja de Santa Comba é uma cópia da que existe em Santa Comba Dão. Imponente, surge no cimo de uma larga avenida que atravessa a cidade. As suas paredes não escaparam às rajadas de metralhadora, mas apesar do aspecto sólido das paredes, o interior e sobretudo os telhados estão em muito mau estado. Durante a visita, foi anunciado que terão início obras de recuperação, assumidas pela Câmara Municipal de Almada.
DE KUÍTO A HUAMBO - São cerca de 165 km, mas muito mais quando pensamos na devastação - Em Huambo, que foi nova Lisboa, é possível perceber que foi uma cidade cheia de 'glamour' - Santa Comba foi criada por colonos que criaram uma zona rica no campo da agropecuária - Aldeia Nova é um projecto que aposta na integração de militares desmobilizados
MAIS ATASCANÇOS - Na picada é impossível passar ao lado das memórias do conflito armado. Na zona do Ebo, os angolanos recordam o local onde o MPLA deteve a invasão sul-africana em 1975. Um monumento evoca o local onde Raúl Diaz Arguelles, o comandante das tropas de Fidel Castro e herói da revolução cubana, perdeu a vida. Junto à Jamba do Ebo, quando a caravana tentou chegar ao rio para ver os hipopótamos que costumam surgir por ali, voltam os atascanços. Mais à frente a picada tinha tanta lama que parecia mousse de chocolate. Por isso, já era muito tarde quando chegámos ao magnífico edifício de traça colonial onde funcionou o antigo Instituto do Café de Angola.
O CAFÉ FOI FONTE DE RIQUEZA - Os cafeeiros sob as imponentes árvores que os portugueses trouxeram do Brasil para lhes fazer sombra, são um espectáculo de rara beleza, e durante anos fonte de riqueza.
DE WAKO KUNDO AOS RÁPIDOS DO RIO EBO - Foram caminhos da invasão sul-africana em 1975 - Na Jamba do Ebo, queríamos ver os hipopótamos, mas a chuva deixou muitos carros atascados - A caminho da Quilenda, a picada parecia mousse de chocolate. Avançar não foi fácil - O velho Instituto do Café é um local paradisíaco, que recorda uma cultura muito rentável.
BOA ENTRADA NA ROTA DAS PLANTAÇÕES DE CAFÉ - As antigas fazendas do café repetiram-se no caminho entre a Quilenda e a Gabela, uma cidade rodeada de favelas que cresceram nas encostas envolventes, que necessita de muito trabalho para recuperar da degradação provocada por anos de esquecimento. Mais à frente, chegámos à herdade da Boa Entrada, uma antiga propriedade da família Espírito Santo, que chegou a ser considerada a terceira maior cidade privada do Mundo. Contou com uma linha férrea particular que permitia escoar a volumosa produção de café para Porto Amboim e um hospital que contou com 17 médicos, hoje só dispõe de dois. Foi o único local de Angola onde funcionou uma política de 'apartheid', havendo bairros para brancos e negros que apenas se misturavam na igreja, no hospital, e no cemitério. Nas suas escolas foram formados muitos dos actuais quadros angolanos, e viveram personagens que fazem parte da história do país, entre os quais Agostinho Neto que tinha estatuto de branco, como nos disseram. Hoje é a CADA (Companhia Agrícola de Angola) e depois da privatização pertence ao "cidadão José Eduardo dos Santos", como nos referiram. A beleza do local onde o presidente da República tem uma casa de Verão, não nos saiu da retina durante o caminho para o Sumbe (antigo Novo Redondo), a capital da província do Kwanza Sul, que se estende ao longo do mar. Já era noite, mas depois de tantos quilómetros percorridos, a praia era um convite a que alguns não conseguiram resistir, embora outros tenham optado por passear ao longo da marginal.
PRAIA PROIBIDA - Queríamos ir à praia. Surgiram logo dois polícias dizendo que era proibido tomar banho à noite. Lá os convencemos mas, mesmo assim, foram claros: "Só 15 minutos porque a água está fria e pode causar cãimbras". Qual quê, a água estava morna.
A QUILENDA - Foi 'porto de abrigo' devido ao atraso da etapa anterior que deveria ter ido à Lagoa - O caminho para a Gabela seguiu a rota das antigas fazendas que produziam o café de Angola - As grandes árvores que fazem sombra aos cafeeiros 'enchem' a paisagem da região - O Sumbe já foi novo rendo é a capital da província do Kwanza Sul, bem perto de Porto Amboim
REGRESSO A LUANDA COM PRAIA E ANIMAIS - Do Sumbe a Luanda foi um passeio. Parte da caravana parou na fantástica praia de Cabo Ledo, outra dirigiu-se ao parque da Quiçama, onde um guia turístico anterior a 1975 referia a existência de elefantes, búfalos vermelhos, pacaças, hipopótamos, palancas vermelhas, bambis, javalis, ursos formigueiros, leões, macacos, hienas, chacais, crocodilos. Hoje, os poucos animais que se podem ver foram importados por quem está a tentar reanimar o parque. A guerra dizimou a fauna do país e, ao longo de milhares de quilómetros, não vimos um animal selvagem.
PRAIA PERDIDA - Cabo Ledo é uma grande baía de areia branca e água quente, protegidas por encostas altas.
DO SUMBE A PORTO AMBOIM - São cerca de 70 km. O desvio valeu a pena para descobrir outra cidade - No caminho para Luanda parte da caravana decidiu parar na praia de Cabo Ledo - O Parque da Quiçama também foi opção. Os responsáveis estão apostados no repovoamento - Chegar a Luanda é caótico, sem a juda de batedores da polícia, teríamos levado horas.
PARA PASSEAR EM LUANDA ESQUEÇA O AUTOMÓVEL - A viagem a Angola ficaria incompleta sem um dia para partir à redescoberta de Luanda. O nosso ponto de partida foi o hotel Trópico onde é fácil encontrar as mais inesperadas caras de homens de negócio e até da política. Para os participantes reunidos no lobby a frase mais comum era: "O que é que aquele estará aqui a fazer?" Não será exagero dizer que o hotel do Grupo Teixeira Duarte é um ponto de encontro. Está sempre esgotado, e disseram-nos que as reservas têm de ser feitas com três meses de antecedência. Em Luanda só pode utilizar o automóvel quem tem todo o tempo do mundo. O trânsito é caótico e só tem duas velocidades: muito devagar e parado. Por isso, mais vale andar a pé, embora a cidade seja enorme, o que exige alguns dotes de maratonista. O aspecto do centro da cidade não se alterou muito, embora em algumas zonas da marginal estejam a crescer torres de aspecto moderno que contrastam com edifícios onde nos últimos 30 anos não devem ter sido feitas obras de conservação. O antigo liceu Salvador Correia é um ponto de rumagem obrigatório. O edifício lá está, a necessitar alguns cuidados. Para quem quer ter uma visão ampla da baía, não há melhor do que o cinema Miramar onde eram projectados filmes ou ar livre (parece parado no tempo), ou a fortaleza onde o interior com os azulejos com muitos séculos estão quebrados, e as estátuas do período colonial espalhada pelo chão, contrasta com as paredes exteriores imaculadamente brancas. A vista da ilha é um apelo, para lá ir. Muitos restaurantes virados para o mar, são um convite para deixar o tempo passar. No regresso ao hotel, seguindo pela marginal, é fácil imaginar como devem ter sido movimentados os passeios com as suas esplanadas, onde se reuniam tertúlias ao fim da tarde, antes das luzes se acenderem. Mas num país onde hoje a energia eléctrica ainda é maioritariamente associada a geradores, essas imagens só são possíveis graças a uma boa imaginação.
PRENDAS SÃO PARA ESQUECER - Não é fácil comprar alguma coisa que sirva de recordação. Angola deve ser o país africano onde há menos artesanato à venda. Na loja que descobrimos para além da variedade ser muito reduzida, o preço era alto. Tudo está marcado em dólares, seja nos restaurantes ou nos hotéis, como se a moeda americana fosse a oficial, e não o Kwanza. Fora de Luanda nem sequer é fácil cambiar euros, tanto mais que os bancos não são a coisa mais comum, e os poucos que vimos estavam fechados.
REFORMAS A UM RITMO DECEPCIONANTE - Decepcionante. É assim que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico qualifica o ritmo das reformas para estimular o sector privado em Angola. "Transformar Angola numa economia de mercado pujante será um processo que vai exigir um grande esforço e o contexto actual não facilita as coisas", pode ler-se no relatório sobre as perspectivas para África em 2007. Corrupção endémica e regulamentação ultrapassada contam-se entre os obstáculos à iniciativa privada e à criação de emprego. A economia angolana é a última das 125 consideradas mais competitivas pelo Fórum Económico e Mundial.
ÊXODO RURAL MACIÇO - Um projecto de lei da concorrência está desde 2004 para ser entregue no Parlamento. Desde 2001 que se discutem as privatizações. O acesso à água e ao saneamento é, segundo a OCDE, "marcadamente insuficiente" e "poucos investimentos ou mesmo nenhuns foram feitos para travar o êxodo rural maciço". Por outro lado, é "quase certo que o MPLA fique no poder" para lá de 2009.
NÚMEROS DO (SUB)DESENVOLVIMENTO ANGOLANO - 159 410 000 Número de habitantes em Angola, segundo estimativa datada de 2005. Trata-se de um país vasto, pelo que densidade populacional é de 13 hab/Km2. - 32 mil milhões O Produto Interno Bruto (valor dos bens e serviços produzidos durante um ano) de Angola é de 32 mil milhões de euros. O de Portugal é cinco vezes superior. - 26 A guerra civil em Angola durou 26 anos, afectando quatro milhões de pessoas. Um milhão e oitocentos mil foram obrigados a deixar as suas casas. - 83 557 Número de minas pessoais que, segundo o Governo de Angola, foram destruídas entre Dezembro de 2006 e o passado mês de Maio. - 1 246 700 A área total de Angola é de 1 246 700 km². Ou seja, Angola é 13 vezes e meia maior do que Portugal e uma vez e meia maior do que Moçambique. - 20% Percentagem da população angolana com acesso à electricidade. Em Luanda (cerca de quatro milhões de habitantes) só 131 mil lares estão ligados à rede.
Jun 11, 23:25 Fonte: Correio da Manha (Rui Faria / Isabel Ramos)
4 Comments:
Gil, poderás por favor emprestar-me o jornal onde isto vem escrito.
Tentei ler, mas não é nada prático ler artigo tão extenso em página preta e nesta posição. Prefiro o papel. Tens o jornal?
Também estou a ler um livro interessante do Gonçalo Cadilhe que se chama: África Acima. Mt interessante.
Eu li esta crónica no Correio da Manhã . É de loucos uma viagem destas! Angola ainda tem muito trabalho para fazer e não é ainda possível correr o país.
Nesse aspecto Moçambique já está mais seguro e permite viajar de norte a sul.
kaaandannnduu!
sei de um amigo que quer formar um grupo para ir matar saudades as terras do planalto do Bie. Sentir cheiros fortes,ver rios, comer loengos.se for nem sei fazer cronica e quero "ficar so assim"
eu concordo consigo.digao me que eu tambem vo.nao se esquecao de min.nasci em Huambo,e quero ir ao cimiterio ver a campa onde esta meu falcido .pai
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