22 abril 2009

Ainda Paris em Março

Le Grand Palais
Jardins do Petit Palais
Galerias Lafayette
Praça da Concórdia
Quiosques de Paris
GRAND PALAIS - Inaugurado para a Exposição Universal de 1900, o Grand Palais é um monumento único no coração de Paris. A sua faustosa arquitectura de pedra, de vidro e de metal conquista o coração de vários milhares de visitantes. A sua programação anual é bastante diversificada.

O Petit Palais é um edifício histórico e museu das belas artes situado no 8º Arrondissements de Paris, na avenida Winston Churchill, zona dos Champs Élysées. O edifício foi construído pelo arquitecto Charles Girault para a Exposição Universal de 1900, fazendo parte de um conjunto monumental com o Grand Palais e a Ponte Alexandre III.

Galeries Lafayette - Em 1893 Théophile Bader e seu primo Alphonse Kahn abriram uma loja na esquina da rue La Fayette e da Chaussée d'Antin, em Paris. Em 1896, a empresa havia crescido e comprou todo o prédio n°1 da rue La Fayette. Em 1905 os préidos n°38, 40 e 42 da boulevard Haussmann e n°15 da rue de la Chaussée d'Antin também foram comprados e incorporados à loja.

PARIS EM MARÇO - Outras Vistas

O Louvre (exterior)
O Louvre (interior)
Barcos Casa
Torre Eiffel vista de Chaillot
Sempre presente no horizonte
O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico). É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas.
Barcos-Casa no rio Sena em Paris. São habitações permanentes de famílias que os preferem às casas habituais de alvenaria. Teem também a vantagem de pagar taxas menores.
A Torre Eiffel (em francês Tour Eiffel, /tuʀ ɛfɛl/) é uma torre de ferro construída no Campo de Marte ao lado do Rio Sena em Paris. A torre tornou-se um ícone mundial da França e uma das mais conhecidas estruturas do mundo. Inaugurada em 31 de Março de 1889, a Torre Eiffel foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa. Com seus 317 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída, sendo que atualmente deva passar das 10000, já que são abrigados restaurantes, museus, lojas, entre muitas outras estruturas que não possuía na época de sua construção. Eiffel, um notável construtor de pontes, era mestre nas construções metálicas e havia desenhado a armação da Estátua da Liberdade, erguida pouco antes no porto de Nova Iorque. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição mundial (de 1889) expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase que foi demolida, mas o seu valor como uma antena de transmissão de rádio a salvou. Os últimos vinte metros desta magnífica torre correspondem a antena de rádio que foi adicionada posteriormente. A torre é visitada anualmente por 6,9 milhões de pessoas.

18 abril 2009

CRIANCINHAS - A DEVIDA COMÉDIA - MIGUEL CARVALHO

A criancinha quer Playstation. A gente dá. A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa. A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate. A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha. A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente. A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando. A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua. Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta. É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares. A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada. A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira. A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca». Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu». A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias». Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
(Artigo de Miguel Carvalho publicado na revista VISÂO online)

16 abril 2009

PARIS EM MARÇO

Candelabro central do Palácio da Ópera Garnier
O Jardin des Tuileries, o Obelisco ao fundo
O Arco do Triunfo na Place Charles de Gaulle
Dôme des Invalides
A Ponte Alexandre III e ao fundo a cúpula em vidro do Grand Palais

ÓPERA GARNIER - O majestoso edifício tem uma área total de 11.000 m² e o imenso palco pode acomodar até 450 artistas. O estilo é monumental. O prédio é ornamentado e ricamente decorado, com frisos de mármore multicolorido, colunas e muitas estátuas. O interior é também muito rico, com veludos, superfícies folheadas a ouro, querubins e ninfas. O candelabro central do salão principal pesa mais de seis toneladas, e uma segunda pintura do teto foi feita em 1964 por Marc Chagall.
PALÁCIO DAS TULHERIAS - A história do Palácio das Tulherias está ligada a uma lenda, a de Jean l'écorcheur. Jean era um açougueiro que tinha a sua banca próximo do palácio, e que terá sido assassinado por ordem de Catarina de Médicis por conhecer certos segredos da Coroa. No momento da morte, terá dito: "eu voltarei". De seguida, terá aparecido ao astrólogo Cosme Ruggieri, ao qual predisse a degradação dos futuros ocupantes do palácio e a sua própria desaparição juntamente com o edifício. Conhecido sob o nome de "petit homme rouge des Tuileries" (pequeno homem encarnado das Tulherias), assombrava regularmente o palácio, e a sua aparição anunciava sempre um drama àquele que o via. Assim, em Julho de 1792, apareceu à Rainha Maria Antonieta, pouco antes da queda da monarquia; do mesmo modo, em 1815 apareceu a Napoleão I, algumas semanas antes da Batalha de Waterloo. Por fim, apareceu a Luís XVIII e ao seu irmão Conde d'Artois, alguns dias antes da morte do primeiro. No dia 23 de Maio de 1871, durante o incêndio do palácio, testemunhas afirmaram que, enquanto a cúpula da Salas dos Marechais se afundava nas chamas, a silhueta do pequeno homem apareceu uma última vez numa janela do palácio.
ARCO DO TRIUNFO - O Arco do Triunfo (Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Na sua base situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées. Iniciado em 1806, após a vitória napoleónica em Austerlitz, o Arc de Triomphe representa, na verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas francesas, sob a liderança de Napoleão Bonaparte – seja este oficial das forças armadas, esteja ele dotado da eminente insígnia imperial. A obra, no entanto, foi somente finalizada em 1836, dada a interrupção propiciada pela derrocada do Império (1815). Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se, desde então, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, claro, visitas turísticas.
DÔME DES INVALIDES - O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus. Entre as personalidades ilustres lá sepultadas encontra-se Napoleão Bonaparte, assim como o coração de Sébastien Le Prestre de Vauban, ilustre arquitecto militar francês, responsável pela poliorcética francesa, o qual criou, na época de Luis XIV, uma série de fortificações militares ao reino, tornando-o impenetrável. A capela do Hôtel des Invalides, concebida para acolher os pensionistas dos Invalides, foi elevada à categoria de cathédrale. É a sede do Bispo Católico dos Exércitos. A cúpula em forma oval, rodeada por potes de fogo, está recoberta de ricos motivos dourados de troféus e perfurada com óculos. Por fim, é encimado por um lanternim que não renegaria Boromini. Trata-se de um pequeno pavilhão quadrado, com corte enviesado em relação à fachada, com ângulos decorados por colunas sobre as quais foram dispostas estátuas. O conjunto é por fim coroado por um obelisco afilado terminado por uma cruz. Com uma base de estrutura quadrada encimada por frontões triangulares, passa insensivelmente às formas complexas onde as curvas dominam: tambor, cúpula, óculus, volutas… Podem ver-se, suspensas na abóbada segundo uma tradição antiga, as bandeiras e estandartes tomadas ao inimigo. Napoleão repousa sob a cúpula, na companhia dos seus dois irmãos, Joseph e Jérome Bonaparte, e do seu filho, o "Filhote de Águia".
PONTE ALEXANDRE III - A ponte Alexandre III é a mais longa e considerada a mais bonita de Paris. Passa sobre o rio Sena ligando o 7ème e o 8ème arrondissement de Paris. Foi classificada monumento histórico em 1975 e foi presente do Tsar Alexandre III da Russia à França durante a Exposição Universal de Paris de 1900. Ela simboliza a amizade franco-russa solidificada entre o Tsar Alexandre III e o presidente francês Sadi Carnot. Liga a esplanada de Invalides ao Petit e Grand Palais - que também foram construidos para a Exposição Universal. A ponte foi projectada pelos engenheiros Jean Résal e Amédée d'Alby e pelos arquitetos franceses Cassien-Bernard e Gaston Cousin. Ela é uma ponte metálica composta de um arco principal de 107m e 3 pontos de articulação. 2 tuneis de pedra estão localizados nas suas extremidades. O lançamento da 1ª pedra foi efectuado pelo Tsar Nicolas II da Russia em 1896 (filho de Alexandre III), tendo a ponte sido inaugurada em 1900.

14 abril 2009

Os Piratas da Somália

















Drª Alexandra Von Bohm-Amolly
Prezada Amiga

A libertação, ontem realizada, do Capitão americano, Richard Phillips, comandante do navio “Maersk Alabama”, das garras dos piratas Somalis, não pode deixar de alegrar todo o meio marítimo.
Contudo esta questão da “moderna pirataria nos mares” também não pode deixar de começar a cheirar a esturro a todos quanto conhecem as actividades do transporte marítimo.
E se vou importuná-la com algumas das minhas preocupações na matéria é porque sei que a minha cara amiga é uma das muitas sabedoras do assunto. Ainda recentemente o muito bem demonstrou na exposição feita no Museu da Marinha, quando acedeu ao convite do GAMMA para realizar uma excelente palestra – “Novos Piratas ... Velhos Problemas" – nas Conversas Informais que este Grupo ali organiza mensalmente.
A saga dos novos piratas começou alguns anos depois do último conflito mundial, nas águas do oriente, muito em especial nas costas da Malásia e Indonésia. Mas nestes casos as acções dos “modernos piratas” limitavam-se ao assalto e roubo dos bens das tripulações e de algumas mercadorias dos navios, muito em especial os tanques carregados e outros navios de baixo costado.
Contudo a proximidade das costas e o interesse político de todas as nações criou uma força naval de patrulhamento da área e os actos piratas quase desapareceram.
Entretanto começaram a surgir noutros locais dos Mares, notadamente nas costas da Nigéria e da Somália, com especial incidência e maior número de acções nas águas deste último país com quase 90% dos ataques no Golfo de Aden junto às costas do Iemen.
A grande diferente deste novos casos é a de que os piratas não roubam tripulantes nem as cargas dos navios; levam-nos a ambos numa acção de rapto com posteriores pedidos de resgate. E nalguns casos enormes navios nas barbas de todo o mundo!.
Conhecendo muito bem a área – durante décadas ali passamos, felizmente então descansados, mais duma centena de vezes – as preocupações que vos pomos são as seguintes;
- Sendo os piratas dum modo geral um grupo de pessoas ( para não dizer maltrapilhos) sem habilitações marinheiras , navegando em pequenas embarcações indocumentadas, sem transportarem mercadorias ou apetrechos de pesca e sem equipamentos que as normas internacionais exigem para navegar em Mar Aberto, e possuídos de armas de guerra, como é que não são aprisionados pelas forças navais em patrulha na área?
A área de maior número de ataques é uma faixa relativamente pequena ao longo da costa Arábica(só muito poucos ataques se fizeram no alto Indico) e os modernos meios de fiscalização – em especial satélites – detecta rapidamente as embarcações piratas.
- Invade-se o Iraque e o Afeganistão para ir prender terroristas e não se “invade” o Golfo de Aden?
E aqui seriam acções militares sem efeitos colaterais sobre populações ou destruição de propriedades.
- Me preocupa igualmente em saber onde são pagos tantos milhões de dólares? Quem são os proprietários e os bancos dessas contas recebedoras? Que negócios são estes que se estão fazer?
- Quanto e como estão as seguradoras marítimas a ganhar com a situação?
- Quais as acções que a Organização Internacional Marítima (IMO) tem empreendido junto da Somália, seu estado membro, e dos Estados intervenientes no patrulhamento daquelas águas, em especial no momento Portugal?
Penso que é urgente que a IMO tome uma posição global e que os nossos juristas da matéria expliquem aos políticos das nações que têm unidades navais no local como devem actuar, no perigo de que a continuar a situação ela possa alastrar a outras costas do globo e então sim, muito difícil de controlar.
Perdoe-me este abuso das minhas preocupações, mas estamos um pouco com o “pescoço metido nestas águas...”
Eu vos envio muito saudar
JFS
(carta aberta do nosso Comandante Joaquim Silva)

10 abril 2009

MagMyPic


Create Fake Magazine Covers with your own picture at MagMyPic.com


05 abril 2009

CRIME E CASTIGO - MANUEL ANTÓNIO PINA



Noticia o JN que está marcado para o dia 20 de Abril, no Tribunal da Maia, o julgamento de um homem que, em 2007, terá arrombado um galinheiro e furtado duas galinhas no valor de 50 euros.
A Justiça tarda, mas chega. O criminoso andou mal e merece justa punição, quer pela mediocridade de fins quer pela ruralidade de meios. Gente como ele, que pilha galinhas em vez de fundar um banco e pilhar as contas dos depositantes, ou como aquela septuagenária que não pagou uma pasta de dentes num supermercado em vez de pedir uns milhões à Caixa, comprar o supermercado na bolsa e igualmente não o pagar, vendendo-o depois à Caixa através de um "offshore" pelo dobro do preço (ou vendendo-lho mesmo antes de o ter comprado), não tem lugar no Portugal moderno e empreendedor. Ainda por cima, deixou-se apanhar. Se calhar, até confessou, em vez de invocar lapsos de memória. E aposto que nem se lembrou de se divorciar antes de ser preso, pondo os 50 euros a salvo na partilha de bens. Não queria estar na pele do seu advogado, não há Código de Processo Penal que valha a um caso destes. É condenação mais que certa.
(in "Diário de Notícias - Local Opinião - 3.3.2009)
> > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > > >