21 março 2007

O fim último da vida


Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis.
E um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade.
Não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

Artigo de João Pereira Coutinho, Jornalista.

19 março 2007

Coisas com sabor a outras coisas



Encerrada a discussão sobre o aborto clandestino, é tempo de dirigir a atenção do País e do Mundo para outro flagelo: a impossibilidade de um cidadão conseguir encontrar coisas que saibam a essas mesmas coisas. Quase todas as coisas sabem a outras coisas, o que acaba por ser uma absoluta falta de respeito pela dignidade das coisas. Neste momento, por exemplo, é quase impossível comprar um pacote de batatas fritas que saibam a batatas fritas. Há batatas com sabor a queijo, a presunto, a cebola, a alho, a ervas aromáticas e a churrasco. É preciso procurar bastante para encontrar essa variedade que são batas com sabor a batata. Entre estes sabores, haverá uns mais bizarros do que outros, mas nenhum é mais estranho do que o sabor a churrasco. Não nos é dito a que tipo de churrasco sabem as batatas. Se é a churrasco de peixe, churrasco de carne de vaca, churrasco de carne de porco ou churrasco de frango. Diz apenas churrasco. O que é uma maneira sofisticada de dizer que as batatas sabem, na verdade, a fumo.
Não vale a pena chorar pelas batatas porque não são as vítimas isoladas da praga. Há café com sabor a anis, a baunilha ou a canela, e água com sabor a limão, a morango, a pêssego, a framboesa ou a Jinseng. O caso da água é particularmente escandaloso, na medida em que se trata de um líquido incolor, inodoro e insípido. Se tiver cor, cheiro ou sabor, deixa de ser água. Aquilo que nos vendem é, portanto, uma fraude engarrafada. «Água com sabor» é uma contradição intrínseca aos termos em que é expressa. Não é modernidade; é parvoíce. Até porque a água com sabor já foi inventada há alguns anos, no Oriente. Parece que se chama «chá».
O flagelo ameaça alastrar a todo o lado. Tenho diante de mim duas embalagens de iogurte: uma com sabor a frutos tropicais e jindungo, outra com sabor a morango, chocolate e chili. E jindungo e chili continuam a ser, como o rótulo dos iogurtes confirma, dois tipos de malagueta. Isto, meus amigos, não é sofisticação gastronómica: é mixórdia. Não é gosto refinado: é javardice. Sabem em que outro sítio é que se encontram morangos com malaguetas, água choca e batatas com sabor a fumo? No balde dos porcos. Foi nisso que se transformou a nossa alimentação. Em lavagem. E alguém tem de fazer alguma coisa, antes que apareça o esparguete com sabor a leite condensado. Está para breve. Sente-se.

(in Boca do Inferno por Ricardo Araújo Pereira, publicado na Visão de 15/02/2007)

15 março 2007

Balada das onze e meia



ONZE E MEIA: MEIA HORA PARA ACABAR ESTE DIA.
MEIA HORA AINDA É HOJE. MEIA HORA É AMANHÃ.

Ás onze e meia da noite,
vai haver muita pancada num bar da rua das pretas.
Vai haver muita mudança nos decretos aprovados.
Ás onze e meia da noite, no quarto não se ouve nada,
mas no berço uma criança dorme o sono dos poetas
que andam subalimentados.
Ás onze e meia da noite, direi vinte e três e trinta.
Acordo o galo vermelho com dois murros no pescoço.
Canta, canta, meu pelintra, o dia de hoje é tão velho
que amanhã já estamos mortos.
Ás onze e meia da noite os ódios nunca estão fartos.
Ás onze e meia da noite a morte anda lá fora
a pedir contas à vida, e os policias
têm medo da própria sombra que pisam.
Onze e meia está na hora.
No relógio ainda é cedo. Os ponteiros não deslizam.
Ás onze e meia da noite, esperamos por amanhã.
Chega a morte para a ceia com seus pezinhos de lã.
Passam gatunos canalhas, com seus múltiplos perfis.
Caem corpos e navalhas, no silêncio dos lancis.
Onze e meia meia hora, que falta, nunca mais passa.
Eu sei lá quanta desgraça se apodera em meia hora
das ruelas e dos becos que apodrecem na cidade!
São onze e meia é agora que os olhos verdes dos cegos
pressentem a claridade.
Ás onze e meia da noite o vento não bate à porta
nem quer saber de mais nada;
Ás onze e meia da noite no bar da rua das pretas
continua a haver pancada.
Ás onze e meia da noite os cães disputam a dente
uma cadela aluada.
Ás onze e meia da noite há travestis no Rossio,
à pesca dos marinheiros que deixam o navio
e fazem ondas de cio no sangue dos paneleiros.
Batem as onze e meia. Só faltam trinta minutos.
Acende-se a lua cheia na rua dos sapateiros.
São onze e meia da noite
e eu quero ficar contigo entre lençóis de algodão.
Fincar no flanco uma espora, cavalgar por meia hora.
Dar rédeas ao coração. Ás onze e meia da noite
é tempo de solidão.
E nas entranhas do medo fazem-se filhos diversos,
como o padeiro faz versos e o poeta faz pão.
Ás onze e meia da noite.
Ás onze e meia da noite recebem-se embaixadores,
e há mesma hora os porteiros afugentam os trapeiros
vestidos de malfeitores.
Ás onze e meia da noite,
a primavera passou-se para o lado do Outono.
E uma Maria qualquer nas alamedas do sono
cansada de ser mulher ás onze e meia matou-se.
Em ponto são onze e meia.
Esta noite os redimidos hão-de fazer por esquecer.
Bem comidos e bebidos não tardam a adormecer.
E um frasco de comprimidos na mesa-de-cabeceira,
vai ajudar os sentidos a cozer a bebedeira.
Ás onze e meia da noite, num gabinete privado
(como a irmã cotovia) o tipo que estava ao lado
contou tudo o que sabia para subir de ordenado.
Ás onze e meia da noite, rastejam cobras na lama,
onde afocinham as Putas senhoras donas da cama.
Mas aquelas que são putas, não as que têm a fama.
São onze e meia da noite. Já só falta meia hora.
Apenas trinta minutos.
Ás onze e meia da noite ponho a tristeza de lado,
e uma gravata de seda. Quero ouvir cantar o fado.
Quero dar uma facada no galo da consciência.
Quero menos paciência e um pouco mais de loucura.
E enquanto dura a pancada no bar da rua das pretas
os putos fazem p. em jeito de habilidade,
apenas com quatro dedos.
E descobrem os segredos de nascerem Portugueses
filhos de um povo adiado.
Feitos aqui e agora.

QUANDO FALTA MEIA HORA
PARA ACABAR O PASSADO.


Poema de Joaquim Pessoa

14 março 2007

La Traviata de Verdi


Trata-se da ária "Corações Boémios".Clique na imagem,
suba um pouco o som e maravilhe-se com a criatividade
do que vai ver.
Se quizer aumentar a área de visão clique em Zoom na
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12 março 2007

Ministra da Educação no Prós e Contras


Clique na imagem para ver sff
(Setembro de 2006 - 2:31:42)

11 março 2007

Até quando? Por Alan Rodrigues



A expressão very important person (VIP), em inglês, define alguém com muito prestígio, poder e importância. Em português, nem tanto. Para muitos brasileiros que viajam a trabalho ou de férias para a Europa e os Estados Unidos, VIP quer dizer “viajante inocente preso”. O novo termo foi cunhado por um grupo de turistas do Estado do Pará – dentre eles homens e mulheres da alta sociedade de Belém –, que amargou mais de 20 horas de maus-tratos, discriminação e prisão em Nassau, capital das Bahamas, no final de fevereiro. Sem ao menos suspeitar de que algo parecido pudesse acontecer em sua viagem dos sonhos ao Caribe, eles foram retidos no próprio aeroporto e engrossaram as crescentes estatísticas dos cidadãos brasileiros barrados no Exterior e deportados sem motivo aparente.
Os 12 viajantes paraenses desembarcaram na paradisíaca ilha tropical com reservas em hotéis de luxo, passagens de ida e volta, passeios pagos e dinheiro, muito dinheiro. Tudo estava pronto para desfrutar o que há de melhor no arquipélago: o mergulho com tubarões, um esporte caro e inesquecível. Mas os sonhos desses empresários, dentistas, designers e advogados foram abortados pelos oficiais da imigração. Sem nenhumaexplicação, eles foram encaminhados para uma “sala VIP” e algemados. Daí em diante, foram horas de medo e terror. Apesar de todas as evidências de que eram turistas ricos e estabelecidos, foram tratados como típicos fora-da-lei. Literalmente, a pão e água. “Fomos levados para uma penitenciária como imigrantes ilegais ou bandidos”, disse o dentista Elias Serruya, 44 anos, um dos detidos. Vinte quatro horas depois, todos foram deportados para o Brasil.
A cada dia, mais e mais brasileiros passam por esse constrangimento no Exterior. Na sexta-feira 2, a União Européia barrou a entrada de 202 deles em cidades como Madri, Paris, Lisboa, Milão e Barcelona. São as vítimas da Operação Amazon 2, realizada pela Agência de Controle de Fronteiras Externas da União Européia (Frontex), que já mandou de volta mais de 500 turistas brasileiros desde o ano passado. Apesar da magnitude, a Operação Amazon 2 não inspirou nenhuma reação mais enérgica do Itamaraty.
O publicitário carioca Daniel Brito, 27 anos, é um dos deportados. Em agosto de 2006, depois de fazer uma turnê por França, Portugal e Espanha, Brito desembarcou em Londres, na Inglaterra. Nem bem pôs os pés no aeroporto Heathrow, Daniel foi detido pela polícia de imigração. “Disseram que eu era um suspeito em potencial”, indigna-se. Brito levava consigo toda a documentação exigida aos viajantes pela União Européia: seguro saúde, dinheiro para se manter, cartão de crédito internacional, endereço de permanência e período de visita comprovados pelas passagens de ida e volta para o Brasil. Mesmo assim, foi interrogado por três vezes. Dez horas depois, foi mandado de volta para Barcelona, último local que tinha visitado. O motivo? “Disseram que meu salário não correspondia com a realidade de um brasileiro de minha idade”, conta.
A Inglaterra e os países da União Européia não exigem emissão prévia de visto de entrada para os turistas brasileiros, como fazem os Estados Unidos. O carimbo é dado na entrada. Ou seja: o risco de viajar 12 horas de avião e ouvir um não é alto. Desde 2001, depois dos atentados terroristas em Nova York, Washington, Madri e Londres, essa tarefa ficou cada vez mais difícil e desagradável. Qualquer sinal de nervosismo é interpretado como uma confissão implícita de culpa. Do quê? Não importa. Qualquer um pode ser barrado. “Eles escolhem ao acaso. Não há um critério”, opina a secretária executiva Carina Lima, 28 anos, de São Paulo.
Em dezembro passado, Carina foi para a Espanha passar 16 dias. Iria se hospedar com amigos em Madri e visitar parentes em Valencia. Já tinha passagem de volta comprada. Ao desembarcar no aeroporto Barajas, começou o pesadelo. “Foi a pior coisa que ocorreu na minha vida”, conta. Seu crime: é mulher jovem, solteira, viajava sozinha e com pouco dinheiro em espécie: 160 euros. De nada adiantou mostrar seu cartão de crédito internacional, com limite de mil euros, suficiente para a estadia. Sem nenhuma justificativa, foi enviada a uma sala desconfortável e obrigada a entregar todos os seus pertences, inclusive remédios. “Fiquei desesperada. O local parecia uma cadeia e ninguém me explicava o que estava acontecendo.” Várias pessoas amontoadas dividiam beliches imundos e apenas um único espaço para o banho. “Não tinha nem como filmar aquele lugar horrível, pois eles tiraram o meu celular”, conta. Ela passou a noite em claro, chorando. Depois de dois dias, foi deportada sem explicações. Escoltada até o avião por policiais, a moça acredita que foi considerada pelas autoridades espanholas uma garota de programa. “Jamais esquecerei os sorrisos irônicos e as piadinhas das quais fui vítima.” Carina alega que procurou o Itamaraty, mas não teve nenhum apoio.
O Itamaraty diz que presta assistência jurídica aos repatriados que procuram ajuda. Segundo o Ministério, são raras as repatriações que envolvem desrespeito às leis internacionais e aos direitos humanos. Quando isso ocorre, o caso é investigado. A grande maioria dos brasileiros repatriados, segundo uma autoridade do Itamaraty que pediu para não ter o nome publicado, viaja com a intenção de trabalhar ilegalmente. Na prática, o governo parece estar lavando as mãos para o problema. “Não podemos reverter uma ação soberana de um Estado”, diz a fonte. O máximo que o Itamaraty fez foi pedir informações sobre ao alcance e a duração da Operação Amazon 2. Vai continuar esperando? Os turistas brasileiros gastam por ano mais de US$ 5 bilhões no Exterior e merecem mais respeito. Como não existe uma corte internacional que julgue casos de viajantes comuns presos injustamente e deportados, não há, na prática, a quem recorrer.
O Ministério da Justiça calcula que 15 mil turistas são repatriados a cada ano. Dez anos atrás, eram cinco mil. O País que mais deporta brasileiros é o México. Por ano, cerca de dez mil são capturados antes de tentar pular o muro que divide o país com os Estados Unidos. Mais de mil brasileiros são deportados deste país anualmente. Mas uma coisa é barrar imigrantes ilegais na fronteira. Outra, viajantes de turismo ou negócios no aeroporto. A médica mineira Márcia Barbosa, ex-presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia e membro da American College of Cardiology, foi uma dessas vítimas.
Em 2004, depois de mais de 30 viagens ao Exterior para participar de congressos na área de saúde, Márcia foi barrada ao desembarcar em Dallas. Ela iria participar de um curso de ressonância magnética do coração. Não era sua primeira vez na terra de George W. Bush. Mesmo assim, teve o visto negado junto com outro médico e dois empresários. “Fomos interrogados como verdadeiros criminosos”, diz. Doze horas depois de ser fotografada como bandida, foi escoltada até a porta do avião e mandada de volta. “Nunca me senti tão indignada, humilhada e impotente em minha vida”, conta Márcia.

09 março 2007

A Devida Comédia!



Criancinhas

A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.

(Miguel Carvalho in VISÃO ONLINE)

08 março 2007

Bendita Sejas mulher



Bendita Sejas mulher
Rogério Simões

Nos caminhos que trilhamos renascidos
Certamente já esquecemos a distância
Que prolongam os caminhos percorridos
Irás encontrar na minha ânsia
Estes trilhos marginais mas tão sofridos

Não me fico por silêncios
Mas, meu amor, eu te digo
Bendita sejas mulher
A eternidade é estar contigo
Bendita o sejas por ser
A razão do meu viver

Os ventos são adversos
Maior porta de abrigo, eu, não vi
Terá o céu no acaso
Tamanha luz no firmamento
Sem ti?

Repara no sentido dos meus versos
São cartas de amor que não escrevi…
Palavras adultas fora do prazo,
Construídas no encantamento,
Sem pressas, aqui!

Por isso, de novo, te digo
Bendita sejas mulher
A eternidade é estar contigo
Bendita o sejas por ser
A razão do meu viver.

24-11-2005

05 março 2007

Sarah Brightman - Canta e dança


E encanta. Clique na imagem e veja se não é verdade!
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